Em Mitopráxis, os mitos fornecem um conhecimento com amplas aplicações práticas, fornecendo informações importantes sobre o povo às gerações posteriores, deste modo os vivos podem se comportar como heróis míticos. Essa recriação dos mitos em situações contemporâneas é o que Marshall David Sahlins denominou “mitopráxis”. Como “do ponto de vista do nativo, todo evento era um exemplo concreto de uma estrutura ideológica”.
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Para os Indios Sateré-mawé o Ritual da tucandeira é chamado de ritual de "meter a mão na luva", mas é também conhecido pelos regionais como "Festa da Tocandira". Onde os meninos tornam-se homens, e é de fundamental importância para os Sateré-Mawé, que acreditam ter propriedades terapêuticas de cura e fortalecimento do organismo. As luvas utilizadas durante este ritual são tecidas em palha pintada com jenipapo e urucum (flutas nativas), e adornadas com penas de arara e gavião, onde segundo a mitologia a plumária representa os pelos pubianos da cobra grande que deu origem ao mundo; nelas, o iniciado enfia a mão para ser ferroado por dezenas de formigas tocandiras (Paraponera clavata).
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